Converso com várias pessoas e percebo que as vezes seus sonhos são interrompidos pelas dificuldades encontradas pelo caminho. Dificuldades que se transformam em desanimo, comodismo e acabam tirando o foco do objetivo e matando o sonho.
Então resolvi colocar aqui no blog a história de Antônio Francisco Lisboa.
Um verdadeiro exemplo de superação, fé e coragem.
Espero que te faça repensar e sobretudo acreditar mais em você.
Boa leitura.
Bruno César de Medeiros.
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O primeiro passo é acreditar.
As pessoas que moram no interior, geralmente carregam por gerações e gerações, hábitos e crenças que sempre são seguidas a fio. Eu aprendi com minha mãe, que sempre que visitamos uma nova cidade pela primeira vez, principalmente a trabalho, devemos passar em uma igreja local para agradecer, orar, enfim.
Assim eu fiz quando me mudei para Nova Lima MG, se não me engano em 2002. Fui a igreja matriz de Nossa Senhora do Pilar e nem imaginava que conheceria ali, um dos maiores exemplos da minha vida de fé, superação e coragem. Conheci Antônio Francisco Lisboa. Ao chegar me deparei com sua perfeita obra e então quis saber da sua história. E que história!
Filho de Manuel, um respeitado Mestre de Obras, e de sua "escrava africana" Isabel, Antônio, nascido escravo, foi batizado em 29 de agosto de 1730, na então chamada Vila Rica, atual Ouro Preto MG.
Aprendeu com seu pai os conhecimentos sobre desenho, arquitetura e escultura. De 1750 a 1759, aprendeu Latim, Gramática, Matemática e Religião em um internato. Era um homem inteligente e culto que viajou muito, conheceu e conviveu no meio de pessoas importantes da época, gozando dos prazeres das festas e dos amores que encontrou pelo caminho.
Por onde passava deixava sua marca em obras esculturais feitas, na maioria das vezes, para as maiores autoridades, ganhando com isso cada vez mais prestígio e admiração.
Mas a partir de 1777, começaram a surgir os primeiros sintomas de uma grave doença, que ao longo dos anos, deformou-lhe o corpo covardemente, originando-lhe o apelido de ALEIJADINHO.
Diversos diagnósticos foram propostos para explicar a doença de Aleijadinho, todos conjeturais, que incluem entre outras, Lepra (alternativa improvável, visto que não foi excluído do convívio social, como ocorria com a todos os leprosos), Reumatismo Deformante, Sífilis, Escoburto, Traumas físicos decorrentes de uma queda, Artrite reumatoide, Poliomielite, e Porfíria (doença que produz fotossesibilidade - o que explicaria o fato do artista trabalhar a noite ou protegido por um toldo).
Mas o que realmente me impressionou na história de Aleijadinho, foi sua vontade de viver. De continuar seu trabalho. Por causa das dores que sentia, o próprio Aleijadinho cortou vários dedos das mãos, restando-lhe apenas o indicador e o polegar. Ele tinha consciência do seu aspecto terrível e por isso vestia roupas amplas e folgadas, grandes chapéus que lhe cobriam o rosto e por tudo isso, havia desenvolvido um humor revoltado e desconfiado até dos elogios que recebia.
Sem os dedos, Aleijadinho começou a amarrar suas ferramentas aos punhos para esculpir e trabalhou muito, até não aguentar mais falecendo em 18 de novembro de 1814. Divina e delicadamente, Aleijadinho, mesmo sem os dedos, com um lado do seu corpo coberto de chagas, sentindo dores que muitas vezes lhe fizeram pedir a Cristo que o levasse, acreditou em sua arte, acreditou na unica coisa que o fazia sentir vivo e continuou. E hoje mais do que sua história inspiradora, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nos deixa obras assim.
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O que eu quero compartilhar com vocês meus amigos leitores, é que somos uma potência iniqualável em capacidade de superação. A dificuldade é do tamanho que você quer enxergar. A verdade é que barreiras estão ai pra você desenvolver sua capacidade de pensar e agir. Portanto não tenha medo de mudar de caminho. Arrisque, tente, acredite em você e em suas novas idéias. Não faça pensando em agradar alguém, faça pensando no seu crescimento, por que assim, quando você conseguir, vão se orgulhar de você.
Crie o hábito de se perguntar; o que eu fiz hoje para chegar mais perto do meu objetivo, do meu sonho? Acreditar em você é o primeiro passo. Isso independe de religião e é por si só a verdadeira fé. Acredite.
Lembre-se, a sorte precisa de oportunidade para chegar até você. Nem precisa dizer quem é que cria essa oportunidade não é mesmo? Ficar se lamentando com certeza não vai ajudar em nada.
Só você pode transformar seu sonho em realidade e deixar sua marca no mundo pra sempre.
Pense nisso!
Bruno César de Medeiros